Livro: A Cabana - NERD NAUTAS

Publicado nos Estados Unidos por uma editora pequena, A Cabana se revelou um desses livros raros que, através do entusiasmo e da indicação dos leitores, se tornou um fenômeno de público – mais de dois milhões de exemplares vendidos – e de imprensa.

 

Sinopse: Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada.

Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.

Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre.
Em um mundo tão cruel e injusto, A Cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?

As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar sua vida de forma tão profunda quanto transformou a dele. Você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama.

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“Esta história deve ser lida como se fosse uma oração – a melhor forma de oração. Cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se você tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, Leia A cabana.” – Michael w.Smith

Editora: Sextante
Autor: WILLIAM P. YOUNG
ISBN: 9788599296363
Origem: Nacional
Ano: 2008
Edição: 1
Número de páginas: 240
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Agora vou deixar uma pequena amostra desse grande livro que foi Primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times.

PREFÁCIO

Quem não duvidaria ao ouvir um homem afirmar que passou
um fim de semana inteiro com Deus e, ainda mais, em uma
cabana? Principalmente naquela cabana.
Conheço Mack há pouco mais de 20 anos, desde o dia em que
nós dois fomos à casa de um vizinho para ajudá-lo a embalar feno
para suas poucas vacas. A partir de então a gente se encontra
compartilhando um café — ou, para mim, um chá tailandês
superquente, com soja. Nossas conversas nos dão um prazer
profundo e são sempre salpicadas de muito riso e de vez em
quando de uma ou duas lágrimas. Francamente, quanto mais
velhos ficamos, mais a gente se dá bem, se é que você me entende.
O nome completo dele é Mackenzie Allen Phillips, mas a
maioria das pessoas o chama de Allen.
É uma tradição de família: todos os homens têm o primeiro
nome igual, mas são conhecidos pelo nome do meio,
provavelmente para evitar a ostentação do I, II e III ou Júnior e
Sênior. Assim, ele, o avô, o pai e agora o filho mais velho têm o
nome de Mackenzie, mas só Nan, a mulher dele, e os amigos
íntimos o chamam de Mack.
Ele nasceu em uma fazenda do Meio-Oeste, numa família
irlandesa-americana de mãos calejadas e regras rigorosas. Ainda
que aparentemente religioso e exageradamente rígido, seu pai
bebia muito, sobretudo quando a chuva não vinha ou quando
vinha cedo demais, e quase sempre entre uma coisa e outra. Mack
nunca fala muito sobre o pai, mas quando O menciona a emoção
abandona seu rosto, como se fosse uma maré vazante, deixando
seus olhos sombrios e sem vida.
Pelo pouco que Mack me contou, sei que seu pai não era o
tipo de alcoólatra que cai num sono rápido e feliz, e sim um
bêbado perverso que batia na mulher e depois pedia perdão a
Deus.
A coisa (chegou a tal ponto que, aos 13 anos e com certa
relutância, Mack abriu o coração para um líder da igreja durante
um encontro de jovens. Dominado pelo clima do momento, Mack
confessou chorando que nunca fizera nada para ajudar a mãe nas
várias vezes em que testemunhara o pai bêbado lhe dar uma surra
até deixá-la inconsciente. O que Mack não pensou foi que seu
confessor freqüentava a mesma igreja que seu pai. Quando chegou
em casa, o pai o esperava na varanda e a mãe e as irmãs não
estavam. Mais tarde, Mack ficou sabendo que elas tinham sido
mandadas à casa da tia May para que o pai pudesse ter liberdade
para dar ao filho rebelde uma lição inesquecível. Durante quase
dois dias, amarrado ao grande carvalho nos fundos da casa, ele foi
castigado com um cinto e com versículos da Bíblia todas as vezes
que o pai acordava de sua bebedeira e largava a garrafa.
Duas semanas depois, quando enfim conseguiu ficar em pé,
Mack simplesmente se levantou e foi embora de casa. Mas antes de
partir colocou veneno de rato em cada garrafa de bebida que
conseguiu encontrar na fazenda. Depois desenterrou de perto da
latrina externa a pequena lata onde guardava todos os seus
tesouros: uma foto da família em que o pai estava meio afastado,
uma figurinha de beisebol do Luke Easter de 1950, uma garrafinha
com mais ou menos 30ml de Ma Griffe (o único perfume que sua
mãe havia usado), um carretel de linha e duas agulhas, um
pequeno jato F-86 da Força Aérea americana em metal fundido e
todas as economias de sua vida: 15 dólares e 13 centavos.
Esgueirou-se pela sala e enfiou um bilhete debaixo do travesseiro
da mãe, enquanto o pai roncava, curtindo mais um porre. O
bilhete dizia simplesmente: “Um dia espero que você possa me
perdoar.” Jurou que nunca mais olharia para trás e não olhou —
durante um longo tempo.
Treze anos é muito pouco, porém Mack não tinha muitas
opções e se adaptou rapidamente. Ele não fala muito sobre os anos
seguintes. A maior parte foi passada fora do país, trabalhando pelo
mundo, mandando dinheiro para os avós, que o repassavam à
mãe. Acho que num desses países distantes chegou a pegar em
armas e participar de algum conflito terrível; desde que o conheço,
ele odeia a guerra com um fervor sinistro. Seja lá o que for que
tenha acontecido, aos 20 e poucos anos foi parar num seminário
na Austrália. Quando Mack se fartou de teologia e filosofia,
retornou aos Estados Unidos, fez as pazes com a mãe e as irmãs e
se mudou para o Oregon, onde conheceu Nannete A. Samuelson e
se casou com ela.
Neste mundo de faladores, Mack é pensador e fazedor. Não
diz muita coisa, a não ser que alguém pergunte, o que pouca gente
faz. Quando fala, dá a impressão de ser uma espécie de alienígena
que vê a paisagem das idéias e experiências humanas de modo
diferente de todas as outras pessoas.
O que acontece é que as coisas que ele diz causam um certo
desconforto em um mundo onde a maioria das pessoas prefere
escutar o que está acostumada a ouvir, o que freqüentemente não
é grande coisa. Os que o conhecem geralmente gostam muito de
Mack, desde que ele mantenha guardados seus pensamentos.
Porque as coisas que Mack diz nem sempre deixam as pessoas
muito satisfeitas com elas mesmas.
Uma vez Mack me contou que quando era jovem costumava
se abrir com mais liberdade, mas admitiu que a maior parte dessas
conversas era um mecanismo de sobrevivência para encobrir suas
feridas. Freqüentemente acabava derramando a dor sobre quem
estivesse por perto. Disse que tinha prazer em apontar as falhas
das pessoas e humilhá-las para manter seu sentimento de falso
poder e controle. Nada muito elogiável.
Enquanto escrevo estas palavras, reflito sobre o Mack que
sempre conheci: um sujeito bastante comum e certamente sem
nada de especial, a não ser para os que o conhecem de verdade.
Vai fazer 56 anos e não chama a atenção, está ligeiramente acima
do peso, é meio careca, baixo e branco — uma descrição que serve
para muitos homens dessas redondezas. Você provavelmente não o
notaria numa multidão nem se sentiria incomodado sentado ao
seu lado enquanto ele cochila no trem que o leva à cidade para a
reunião semanal de vendas. Faz a maior parte de seu trabalho
num pequeno escritório em sua casa na Wildcat Road, Vende
alguma engenhoca de alta tecnologia que eu não pretendo
entender: trecos eletrônicos que de algum modo fazem tudo andar
mais depressa, como se a vida já não fosse rápida demais.
Você só percebe como Mack é inteligente quando, por acaso,
escuta diálogo dele com um especialista. Já vivi algumas situações
dessas quando a língua falada mal parecia com a nossa e eu me
via lutando para captar os conceitos que jorravam como um rio de
jóias despencando de uma cachoeira. Ele consegue falar com
inteligência sob re quase tudo e, apesar da força de suas
convicções, Mack tem um modo gentil e respeitoso que deixa você
manter as suas.
Seus assuntos prediletos são Deus, a Criação e por que as
pessoas acreditam em determinadas coisas. Seus olhos se
iluminam e seu sorriso repuxa os cantos dos lábios para cima. De
repente, como se fosse um garotinho, o cansaço se dissolve e ele
rejuvenesce, praticamente incapaz de se conter. Mas, ao mesmo
tempo, Mack não é muito religioso. Parece ter uma relação de amor
e ódio com a religião e talvez até com Deus, que ele imagina como
um ser mal-humorado, distante e altivo. Pequenas gotas de
sarcasmo escorrem às vezes pelas rachaduras de seu reservatório,
como dardos cortantes cheios de veneno. Embora algumas vezes
nós dois vamos juntos à mesma igreja, dá para ver que ele não se
sente muito à vontade lá.
Mack está casado com Nan há pouco mais de 33 anos — na
maior parte do tempo, eles são felizes. Diz que ela salvou sua vida
e pagou um preço alto por isso. Por algum motivo que não dá para
compreender, Nan parece amá-lo agora mais do que nunca, apesar
de eu ter a sensação de que ele a magoou de algum modo terrível
nos primeiros anos. Acho que, assim como a maior parte das
nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo
acontece com as curas, e sei que quem olha de fora não percebe
essa bênção.
De qualquer modo, Mack se casou. Nan é a argamassa que
mantém juntos os ladrilhos de sua família. Enquanto Mack lutou
num mundo com muitos tons de cinza, o dela é principalmente
preto e branco.
O bom senso é tão natural para Nan que ela nem consegue
perceber o dom que isso representa. Ter uma família a impediu de
realizar seu sonho de ser médica, mas ela se destacou como
enfermeira e obteve um reconhecimento considerável em seu
trabalho com pacientes terminais com câncer. Enquanto o
relacionamento de Mack com Deus é amplo, o de Nan é profundo.
Esse casal contraditório teve cinco filhos de beleza incomum.
Mack gosta de dizer que todos pegaram a beleza dele, “… porque
Nan ainda conserva a dela”. Dois dos três meninos já saíram de
casa: Jon, casado há pouco, trabalha como vendedor de uma
empresa local, e Tyler, recém-formado na faculdade, está fazendo
mestrado. Josh e uma das duas garotas, Katherine (Kate),
cursaram a escola comunitária local. E a que chegou por último é
Melissa — ou Missy, como gostávamos de chamá-la. Ela… bem,
você vai conhecer melhor alguns dos filhos de Mack ao longo deste
livro.
Os últimos anos foram… como é que posso dizer…
notavelmente peculiares. Mack mudou: agora está ainda mais
diferente e especial. Durante todos os nossos anos de convívio ele
sempre foi bastante gentil e amável, mas desde a estada no
hospital há três anos ficou… bem, melhor ainda. Tornou-se uma
daquelas raras pessoas que estão totalmente à vontade dentro da
própria pele. E eu também me sinto mais à vontade perto dele do
que de qualquer outra pessoa. Cada vez que nos separamos, tenho
a sensação de ter tido a melhor conversa da minha vida, mesmo
que eu tenha falado mais. E, a respeito de Deus, Mack não é mais
simplesmente amplo. Ficou muito profundo. Mas o mergulho
custou caro.
Os dias de hoje são muito diferentes de há sete ou oito anos,
quando a Grande Tristeza entrou em sua vida e ele quase parou de
falar. Mais ou menos nessa época, e por quase dois anos, nossos
encontros foram interrompidos, como se por um acordo mútuo não
verbalizado. Eu só via Mack de vez em quando na mercearia ou,
mais raramente ainda, na igreja. E, embora em geral trocássemos
um abraço educado, não falávamos de muita coisa importante.
Para ele era até difícil me encarar. Talvez não quisesse entrar
numa conversa capaz de arrancar a casca de seu coração ferido.
Porém tudo isso mudou depois de um acidente feio com…
Mas lá vou eu outra vez botando o carro na frente dos bois. Vamos
chegar lá no devido tempo. Basta dizer que estes últimos anos
parecem ter devolvido a vida de Mack e tirado o fardo da Grande
Tristeza. O que aconteceu há três anos mudou totalmente a
melodia de sua vida e é uma canção que mal posso esperar para
tocar.
Apesar de se comunicar bastante bem verbalmente, Mack não
se sente seguro sobre sua capacidade de escrever — algo que ele
sabe que me apaixona. Por isso, perguntou se eu escreveria esta
história, a história dele “para as crianças e para a Nan”. Queria
uma narrativa que o ajudasse a expressar para eles a
profundidade de seu amor e que os ajudasse a entender o que
havia se passado em seu mundo interior. Você conhece o lugar: é
onde você está sozinho — e talvez com Deus, se acredita Nele. É
claro que Deus pode estar lá, mesmo que você não acredite. Isso
seria bem o jeito de Deus. Não é à toa que ele é chamado de O
Grande Intrometido.
A história que você vai ler é resultado de uma luta minha e do
Mack para, durante muitos meses, colocar em palavras o que ele
viveu. Tem um lado um pouco… digamos, muito fantástico. Não
vou julgar se algumas partes são verdadeiras ou não. Prefiro dizer
que, mesmo que algumas coisas não possam ser cientificamente
provadas, talvez sejam verdadeiras. Mas preciso afirmar
honestamente que fazer parte desta história me afetou de modo
profundo, desvendando detalhes meus que eu desconhecia.
Confesso que desejo desesperadamente que tudo o que Mack me
contou seja verdade. Na maioria das vezes eu me sinto próximo
dele, mas em outras — quando o mundo visível de concreto e
computadores parece ser o real — perco o contato e tenho dúvidas.
Algumas observações finais. Mack gostaria que eu lhe
transmitisse o seguinte recado: “Se você odiar esta história,
desculpe, ela não foi escrita para você.” Mas eu quero acrescentar:
afinal, talvez tenha sido. O que você vai ler é o máximo que Mack
consegue recordar daquilo que aconteceu. Esta é a história dele,
não a minha. Por isso, nas poucas vezes em que apareço, vou me
referir a mim mesmo na terceira pessoa — e do ponto de vista de
Mack.
Às vezes a memória pode ser uma companheira enganosa, em
especial com relação ao acidente, e eu não ficarei surpreso se,
apesar de nosso esforço conjunto para contar a história com
exatidão, alguns fatos e lembranças aparecerem distorcidos nestas
páginas. Não é intencional. Garanto que as conversas e eventos
foram registrados do modo mais fiel possível, de acordo com as
lembranças de Mack. Portanto, por favor, tente não se aborrecer
com ele. Como você verá, essas coisas não são fáceis de contar.
– Willie
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5 Comentários Em "A Cabana – Livro"

  1. Cristiane 4 de setembro de 2011 às 12:27 - Reply

    Acabei de ler esse livro essa semana, e realmente é maravilhoso! Gostei muito e recomendo!!!

    • Fábio Pessoa 4 de setembro de 2011 às 13:44 - Reply

      Legal Cris eu ainda não li A cabana mais será meu próximo livro!!!

  2. liliane 4 de setembro de 2011 às 17:26 - Reply

    Muito interessante………….

  3. rosimere 4 de setembro de 2011 às 17:53 - Reply

    Já li a cabana e realmente é muito bom, nos faz refletir sobre nossas atitudes perante a vida e sobre as pessoas que nos cercam….

  4. Janaleila Bandeira Amaro de Souza 23 de julho de 2012 às 16:43 - Reply

    Simplesmente maravilhoso, não tenho porque não acreditar nada é impossível para Deus Ele já foi as ultimas consequência pra nos resgatar e faria de novo se fosse preciso.Mexeu comigo e vai mudar mais ainda minha vida.

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